terça-feira, 16 de dezembro de 2008
A original
Yo quiero que tú sufras lo que sufro:
aprenderé a rezar para lograrlo.
Yo quiero que te sientas tan inútil
como un vaso sin whisky entre las manos;
que sientas en el pecho el corazón
como si fuera el de otro y te doliese.
Yo quiero que te asomes a cada hora
como un preso aferrado a su ventana
y que sean las piedras de la calle
el único paisaje de tus ojos.
Yo deseo tu muerte donde estés.
Aprenderé a rezar para lograrlo.
- José María Fonollosa -
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
http://www.radiofrance.fr/chaines/france-culture2/emissions/equinoxe/
Beijos!
Adri
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Notícias da España (e-mail pros amigos)
Como vao todos? Eu bem, aproveitando bastante essa viagem, os shows, conhecendo pessoas, tocando, cantando e vivendo sob outras perspectivas...
no momento eu moro nessa rua...
Bueno, prometi mandar notícias...
No momento eu estou em Benalmádena, um pueblito Mediterráneo bem pertinho de Málaga, sul da España. Escrevo da casa de María Rayo e Pepe Trueno, querido casal de artistas, criadores da banda Caradefuego. Pra quem nao sabe, eu e a María vínhamos nos correspondendo há mais ou menos um ano, planejando o projeto A + MA. Finalmente conseguimos e A + MA vai acontecer em quatro funçoes em Málaga e arredores:
17 Oct EL COLONIAL, Marbella
18 Oct CAC de Málaga
23 Oct EL PISO, Fuengirola
30 Oct BABOO, Benalmádena
Pra saber mais sobre o trabalho da María (Caradefuego):www.myspace.com/
Retrocedendo um pouco...
Cheguei aqui com dois shows marcados com a ajuda de grandes amigos. Lauréne Chanson (ex-internacional do meu selo na Argentina, anjo loiro francês que voa com uma velocidade impressionante e está me representando aqui no velho mundo), Silvia (Graçinha) Medeiros e todos sócios da Associació Cultural Humanfuzz de Barcelona ( http://www.lacoctelera.com/
Mais uma vez contei com a generosidade dos amigos, começando pela Ana Navarro, que me recebeu em sua casa no bairro gótico. Muito louco pensar que se está vivendo em um edifício praticamente amparado em uma muralha do século XII. Tava super ansiosa, super acostumada a trabalhar com o Corsetti e com o Angelo e diante de uma realidade totalmente nova! Mas foi super tranquilo pois o time era óteemo:
Joao Balao ( www.myspace.com/joaobalao ), baixista, percussionista e arranjador. Português criado em Angola.
Joao Oliveira, guitarrista e violonista de Taubaté, SP, com a memória mais incrível que eu já ouvi!
Marcelo Granja ( www.myspace.com/
A banda e eu no show do Humanfuzz - Barcelona
eu, Joao Balao, Joao Oliveira e Marcelo Granja
Na semana seguinte fui pra casa da minha prima Fiorela onde me diverti horrores e fiz uma amizade linda com ela e suas colegas de apê, Marina e Luciana. Ninguém mais segura essas Helgas, haha!
Fiorela (Olga), Luciana (Helga), Marina (Ilda) e eu (Elza). Acho que eram esses
nomes, mas nao tenho bem certeza...
O resumo do primeiro ato da ópera é que fizemos um show superbacana no Humanfuzz onde o povo (finalmente!) dançou de verdade o Tungue Le! :D Laurène trouxe bons contatos, ficamos todos muito felizes e minha ansiedade se foi. Entre ensaios e o show de Barcelona fiz bastante turismo, caí na noite (porque essa cidade é perfeita pra boemia) e, ainda que tenha estranhado Barça num primeiro encontro, me rendi aos encantos da cidade.
Casa Battló - Gaudí
Barcelona + eu com efeito Gigita nos cabelos, haha!
Depois fomos a Biarritz onde tive contato com o povo do Asterix (sim, só pode ser lá!), abrimos o cerimonial do festival e fizemos um belo show pra poucos (mas bons) espectadores. Aproveitei e fiquei mais dias assistindo os filmes do festival (destaque para "Dioses", do peruano Josué Mendez) e curtindo a programaçao de shows e, claro, Biarritz...ai, Biarritz!
Biarritz, ai, que felicidade que é Biarritz! :D
Na última hora tive que ficar mais um dia (quanto sacrfício!) pra dar uma entrevista à Caroline Bourgine, jornalista da Radio France uma apaixonada por música brasileira com um conhecimento enorme do assunto. Entrevista das boas, do tipo que se esquece que é uma entrevista. Graaande Caroline! A entrevista vai ao ar dia 2 de novembro e o programa dela pode ser escutado por aqui (eu recomendo):
www.radiofrance.fr/chaines/
O dia a mais também me fez ficar e dançar feito louca ao som da Orquestra do Fubá, grupo de brasileiros e um francês que toca um forró de primeiríssima! Detalhe pro violinista/rabequeiro virtuoso, Ricardo Herz: www.myspace.com/
A Orquestra do Fubá
Voltei pra Barcelona e fiquei sabendo que "Estômago", longa de estréia de Marcos Jorge venceu a competiçao de longas do festival. Nao pude ver, mas fiquei feliz! :)
Silvia Graçinha (Ogra!) e Marcelito Granja no níver da Amy
Depois de uns dias livres em Barça (detalhe pro aniver da Amy, mistureba festera de Brazucas, Catalaos e outros mais na noite de despedida) a vinda pro sul. Málaga, montañas, mediterrâneo, guitarras flamencas pelas ruazinhas do pueblo. Nos espaços entre os shows daqui aproveitarei pra conhecer Granada e Sevilha.
As montañas de Benalmádena...
El Pueblo
a doce María Rayo! :) Ao fundo, as mulheres vestidas para Feria de Fuengirola.
As crianças se arrumam pra feria também!
Passado o período malagueño, tenho duas datas confirmadas, uma em Madrid (dia 6, 22h, no ArteBar Latina em Madrid: www.lavartebar.com) y dia 21 de novembro no Café Mercedes Jazz em Valencia www.cafemercedes.es). Aí vou tocar com Javier guitarrista/baixista daqui, que também está acompanhando a mim e à Maria e tem um projeto instrumental lindo! www.myspace.com/bawarih
Por hora é isso! Convidem os amigos residentes, locais, espanhóis, brasileiros, clandestinos ou nao pros shows!!!
Vou postar fotos no blog paraasnoitesinsones.blogspot.
Vocês também podem acompanhar a agenda pelo www.adrianadeffenti.com.br
Beijos,
Adri
P.S.: Pra quem é muito curioso, alguns links do que foi publicado na web sobre a gira:
http://www.laguiago.com/
http://www.laguiago.com/
http://www.europalatina.fr/
http://ecodiario.eleconomista.
http://www.last.fm/user/
http://www.rfi.fr/evenementfr/
http://www.afrolatino.net/
Adriana Deffenti (Brésil)
Soirée d'ouverture
La voix magnifique de la chanteuse et les arrangements audacieux apportent fraîcheur et originalité à son deuxième album "Adriana Deffenti ", dans lequel elle interprète des versions personnelles de chansons composées par de grands artistes tels que Maria João et Mario Laginha
(Portugal), Gustavo Cerati (Argentine), Herbert Vianna (Brésil).
@ www.myspace.com/adeffenti
http://www.aquitaineonline.
ADRIANA DEFFENTI (Brésil) : dans le cadre de sa première tournée européenne, Adriana Deffenti interprètera de sa voix magnifique les chansons de son dernier album. http://www.studyrama.com/
http://www.abril.com.br/
Nesta edição, a cantora brasileira Adriana Deffenti está entre as atrações.
http://ultimosegundo.ig.com.
http://musibrasil.net/
Il 17 Ottobre a Marbella (Esp):
Adriana Deffenti e María Rayohttp://www.agenda-culturel.
dalle 21:00
Concerto
all'El Colonial - Tappe successive: 18 e 23/10 Malaga; 30/10 Benalmádena
Per informazioni: http://www.adrianadeffenti.com.br
http://www.opovo.com.br/
http://www.musicexpress.com.
http://www.
http://brasilisweb.blogspot.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Chove em Barcelona
Chove em Barcelona e eu poderia estar triste por isso, mas a chuva me reconforta.
Chuva é coisa meio rara por aqui. O tempo em geral é seco, muito seco. Isso me faz perceber como meu corpo é habituado a média de 90% de umidade de Porto Alegre. Nunca mais reclamarei disso!
E de fato essa chuva me alivia. Me alivia de uma certa decepção com a cidade. Da sensação de sentir-me mais estrangeira que nunca. Da descoberta quase inaceitável de que sou uma Sudaka, termo depreciativo que define quem é da minha pátria de alma, a América de Sul. Do orgulho comparavel ao orgulho catalao que tenho ao perceber isso.
Aqui é quase inevitável não andar com os Brazucas e Sudakas. O Catalão não é nada fácil, e não me refiro à língua. Muitas vezes te da a impressão de que eles precisam reaprender a sorrir. Dizem que leva tempo, mas eles se soltam. Temo não ter tempo pra ver isso acontecer, pois tenho muita curiosidade de conviver mais com essa gente tão, tão...Catalã?
Mas tem Gaudi...
Perdidas numa paisagem urbana quase sempre repetitiva estão suas obras, mais que encantadoras.
Então me sinto mais estrangeira que nunca e é muito, muito esquisito se sentir assim. Como se a paisagem da cidade, ora gaudinescamente linda (orgulho da Catalunya), com os mistérios da arte desse povo que é tão rica me seduzindo enquanto me dou conta de que, pra envolver-se de fato com esse universo, eu precisaria de mais tempo por aqui.
Saudaçoes sudakas!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
O dia de hoje foi bom.
Vou te adiantar o assunto. Quero comprar contigo uma passagem de ida:
POA - Hamburgo (3 à 10 de setembro - o quanto antes melhor)
e volta
Hamburgo (ou Frankfurt, se for mais barato) - POA (3 à 10 de novembro)
E os trechos:
Berlim - Bruxelas ou Antuérpia*
Bruxelas ou Antuérpia - Paris
* chego numa cidade e saio da outra
Paris - Barcelona
O resto eu te conto aí.
Beijão,
Adri
terça-feira, 22 de julho de 2008
"Yo le llamo poesía, le dicen vanidad"
Vou deixar alguns textos e referências de como ouvir algumas delas aqui. É provável que estejam num próximo trabalho, mas essa postagem (êta palavra feia!) é totalmente desvinculada disso. É porque eu tô a fim de mostrar as músicas mesmo.
Não sou suficientemente competente com as palavras pra descrever o que elas têm de especial, mas a caradura me permite tentar: Me levam à níveis emocionais/sentimentais irreparáveis. Poderia estar cercada das pessoas que mais detesto, mas ao ouví-las sempre ficarei vulnerável e feliz. E tal vulnerabilidade é fixa, constante e independente de qualquer estado de humor em que eu possa estar. Elas sempre me levarão àquele lugar, deixarão àquela imagem em minha mente, o cheiro, o gosto, o gozo, a dor... São referência do que sou. É um chavão, mas ainda que não sejam minhas, as sinto assim.
Mi vanidad — paroles: Lhasa De Sela / musique: Yves Desrosiers
Desde que no hay maldad
Que no hay ni hambre
Ni miedo ni soledad
No hay nadie que me ame
En toda esta ciudad
Desde que no hay dolor
No hay nadie que sufra
Por un amor
Nadie más que yo
No, no quiero olvidar
¡Ay! Ya no se canta
Como se cantaba ayer
Ahora dicen
"Ven, tomamos un café
Besamos en Français"
No, ya no se canta
"Sin tu amor me moriré"
No se grita "Ya no aguanto este sufrir,
Quiero vivir..." Linda canción
Desde que no hay maldad
Todo el mundo se ríe
De mi ansiedad
Yo lo llamo "poesía"
-Le dicen "Vanidad"
Desde que no hay traición
Mi vida se desnuda
Ya sin pasión
Y no sé para qué
Sirve mi corazón
¡Ay! Ya no se canta
Como se cantaba ayer
Ahora dicen
"Ven, tomamos un café
Besamos en Français"
No se grita
"Ya no aguanto este reír,
quiero sufrir" Linda canción
Lhasa de Sela é uma cantora com uma história impressionante e interpretações maravilhosamente passionais...
http://lhasadesela.com/ Conheci pelo meu amigo Juan Trasmonte, o porteño/carioca de quem morro de saudades...
http://nemvem-quenaotem.blogspot.com/
domingo, 20 de julho de 2008
Tango
O pior é que eu não ouvi, eu escutei. Atentamente.
Uma delas terminava com "...chega de carregar os outros. Tá na hora de alguém te levar pela mão!"
E eu:
...
... (e mais um pouco) ...
...CARALHO!
Se não tiver mão pra me levar, cala a boca!!!
Todo domingo eu vou dançar ao som de Tonda y su Combo, tocando os temas de sempre, que sei de cor. E a cada sessão de salsa, novas mãos me levam, carinhosas, disponíveis, cheias de luxúria ou amizade cristã, malícia e queridice malvada, uma ingenuidade suburbana que nenhum terceiro grau foi capaz de degenerar. E não me importa mais nada. É isso que quero e preciso, uma mão pra me levar.
E todo domingo me levam, nem sabem que me levam, e eu me deixo levar.
Quando tua mão puder, me leva que eu vou.
Se não, pára com esse discurso covarde, pleaaasee!
Ainda que sem muito jeito, nenhum cavalheiro me tirou pra dançar e não me levou, pela mão, até o final.
Do you really know how to dance?
Por qué me miras si no me sacas para bailar?
E me lembras que ainda procuro a tal mão, aquela mão, ideal romântico que o par da dança me traz. E isso dói, é o que mais dói, me dói em mim demais.